A alma de um gaúcho se faz vida / Quando plantada na terra / Anjos pilchados clamam por justiça / Mesmo que seja num brado funeral
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Riscando assoalho bombeando pra cumeira / Reponto rimas num bailado a recordar / Fogões chaleiras e um candieiro a meia-vida / Que a duas braças não dava pra se enxergar
Ao lonquear a carne gorda / De um churrasco mal passado / Dou um tombo na farinha / Pra enxugar o sangue escaldado
Queimando cobre em carreiras / Amanhecendo em carpeteada / São cavacos de um ofício / Pra quem se criou na estrada
De à cavalo na verdade vim pra o mundo sou da lida / Desvenda, sorta coiceando, corcovear é minha vida / Não me assusta teu bufido escarvando na mangueira / Parido, xucro de berço, beirando um rio de fronteira
Pouco Importa, fosse / Um capuchinho, jesuíta / Um guapo sem luxo / O que importa
Me emponcho de experiência e estrada / Dos cavalos que domei / De tropa cruzando cochilhas / Carreteadas que troteei
Minuano tironeando a venta dos tauras / Relincho de baguais faíscas ao vento / O brado terrunho do punho farrapo / Num bate cascos medonho ao relento