Todos os meus irmãos se foram pra um lugar sem sal e tudo que eu tenho são ‘pseudos’ no varal / e pouco me faz crer que eu consiga conviver comigo / O futuro é promissor mas é difícil de alcançar e nunca diga, amor que não adianta tentar / mas nada me faz crer que eu consiga conviver comigo
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Antes que o céu desabe sobre as cabeças / E o Sol se reparta em mil crimes capitais / Mentalize um grande muro, se esconda atrás / E tanto faz
Quão diferente somos os bichos / Cada um de nós / Habitantes do grande imã / Dínamo atroz
Ela acordou com o som da br-040 / E desembestou a falar sobre os anos 90 / E das cores que ela viu na janela / E da sombra que fugiu pelas pernas
A terra fria de manhã / Conta, em prosa, como a noite aconteceu / Lá, dentro do tempo / Nas barricadas da mente
Não ser tão sensato e terrível / Nesse teu mundo invisível / Nem crê no azul de um belo horizonte / A Vera Cruz
Eu durmo com um livro aberto / no meu criado mudo / e tento escrever certo / o que é absurdo
todo ser é planta artificial / erguendo os seus galhos sobre o manguezal / mar / solfejando cores de papel crepon
Eu preciso te contar sobre as coisas lá do ar / Organizar seus quarks High-Low / Que Marte já tem bar pra psicodelizar, / Em Júpiter não tem TV pra te fazer sofrer
Quando você enfim perceber / Que as estrelas brilham em 3-D / Não será mais o que costumava ser / Tudo é tão fixo pra você