Quando a luz dos olhos meus / E a luz dos olhos teus / Resolvem se encontrar / Ai, que bom que isso é, meu Deus
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Você voltou, meu amor / Alegria que me deu / Quando a porta abriu você me olhou / Você sorriu, ah, você se derreteu
Passam-se dias, horas, meses, anos / Amadureçam as ilusões da vida / Prossiga ela sempre dividida / Entre compensações e desenganos
Quando me pergunto / Se você existe mesmo, amor / Entro logo em órbita / No espaço de mim mesmo, amor
Sou da linha de umbanda / Vou no babalaô / Para pedir pra ela voltar pra mim / Porque assim eu sei que vou morrer de dor
Na solidão escura / Do velho Pelourinho / Matilde, a louca mansa / Vivia mercando assim:
Menina das duas tranças / Deixe o meu filhinho em paz / Que ele ainda é muito criança / Pras coisas que você faz
Olorô, Bahia / Nós viemos pedir sua bênção, saravá! / Epa Hey, meu guia / Nós viemos dormir no colinho de lemanjá!
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo / E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo / Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva / E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Fui caminhando, caminhando / À procura de um lugar / Com uma palhoça, uma morena / E um cantinho pra plantar