Baixar Mais Tocadas: ouvir José Afonso

CidadeSem muros nem ameiasGente igual por dentroGente igual por foraOnde a folha da palmaafaga a cantariaCidade do homemNão do lobo, mas irmãoCapital da alegriaBraço que dormesnos braços do rioToma o fruto da terraÉ teu a ti o deveslança o teu desafioHomem que olhas nos olhosque não negaso sorriso, a palavra forte e justaHomem para quemo nada disto custaSerá que existelá para os lados do orienteEste rio, este rumo, esta gaivotaQue outro fumo deverei seguirna minha rota?

A formiga no carreirovinha em sentido contrárioCaiu ao Tejoao pé de um septuagenário Lerpou trepou às tábuas (bis)que flutuavam nas águas (bis)e do cimo de uma delasvirou-se para o formigueiromudem de rumo (bis)já lá vem outro carreiro A formiga no carreirovinha em sentido diferentecaiu à ruano meio de toda a gente buliu abriu as gâmbeaspara trepar às varandase do cimo de uma delas… A formiga no carreiroandava à roda da vidacaiu em cimade uma espinhela caída furou furou à bravanuma cova que ali estavae do cimo de uma delas

Dorme meu menino a estrela d’alvaJá a procurei e não a viSe ela não vier de madrugadaOutra que eu souber será p’ra ti Outra que eu souber na noite escuraSobre o teu sorriso de encantarOuvirás cantando nas alturasTrovas e cantigas de embalar Trovas e cantigas muito belasAfina a garganta meu cantorQuando a luz se apaga nas janelasPerde a estrela d’alva o seu fulgor Perde a estrela d’alva pequeninaSe outra não vier para a renderDorme qu’inda a noite é uma meninaDeixa-a vir também adormecer

Estavam todas juntasQuatrocentas bruxasÀ espera À esperaÀ espera da lua cheia Estavam todas juntasVeio um chibo velhoDançar no adroAlguém morreu Arlindo coveiroCom a tua marrecaLeva-me primeiroPara a cova aberta Arlindo ArlindoBailador das fadasVai ao pé coxinhoCava-me a morada Arlindo coveiroCava-me a moradaFecha-me o jazigoQuero campa rasa Arlindo ArlindoBailador das fadasVai ao pé coxinhoCava-me a morada