Entre lagrimas e lenços / Apita o barco no cais / Nele vai o imigrante, / Até breve nunca mais
Baixar Mais Tocadas: ouvir Fernando Farinha
Belos tempos, que eu vivi / Com oito anos de idade / Quando no fado apareci / Ambição, sonho querido
INSTRUMENTAL / É Natal / Os sinos estão tocando / Enquanto nos seus lares
O soldado na trincheira, não passa duma toupeira / Vive debaixo do chão / Só pode ter a alegria de espreitar a luz do dia / Pela boca de um canhão
É livre o fado corrido / Que em Lisboa foi criado / Mas não pode ser esqueçido / De Coimbra o velho fado
O fado tem não sei o quê / Que prende a vida da gente / O nada que se não vê / Um tudo que a gente sente
Sou casado, mas se em sorte / Tu me quisesses um dia / Juro-te à fé de quem sou / Que faria bigamia
Quando o fado era cantado / pelas tabernas de Alfama / ninguém diria que o fado / viesse a ter boa fama.
O fado perdeu a raça / Aquela graça afadistada / Deixou de ser desordeiro / E companheiro da ramboiada
Pelas mãos de minha maezinha / Andei nos tempos de então / Hoje como está velhinha / É ela que anda pela minha