Os teus olhos são dois círios / Dando luz triste ao meu rosto / Os teus olhos são dois círios / Dando luz triste ao meu rosto
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Rosa, rosa cor-de-rosa flor / A florir os meus cuidados / Sobra-me a dor, sobra-te a cor / P’ra cumprir meus fados
Não te via há quase um mês / Chegaste e mais uma vez / Vinhas bem acompanhado; / Sentaste-te à minha mesa
Havia a solidão da prece num olhar triste, / Como se os seus olhos fossem as portas do pranto. / Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto / E os búzios que a velha lançava sobre um velho manto.
O meu amor foi para o Brasil nesse vapor / Gravou a fumo o seu adeus no azul do céu / Quando chegou ao Rio de Janeiro / Nem uma linha escreveu
Sou do fado / Como sei / Vivo um poema cantado / De um fado que eu inventei
Agarra em mim antes que eu morra / Agarra em mim antes que eu morra / Agarra em mim antes que eu morra / Antes que eu fuja pra muito longe, antes que eu corra
Quer o destino que eu não creia no destino / E o meu fado é nem ter fado nenhum / Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido / Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum
Que saudades eu já tinha / Da minha alegre casinha / Tão modesta como eu / Como é bom, meu Deus, morar
A saia da Carolina / Tem um lagarto pintado / A saia da Carolina / Tem um lagarto pintado