Jammo a bedere ‘nterr’a la rena / Mentre ca spánfia la luna chiena, / Ch’è notte e pare fosse matina… / Li piscature de margellina,
Baixar Mais Tocadas: ouvir Amália Rodrigues
A casinha de nós dois é pequenina / Mesmo em frente da capela / A dois passos uma fonte cristalina / Linda moldura singela
Quando ele passa, o marujo português / Não anda, passa a bailar, como ao sabor das marés / E quando se jinga, põe tal jeito, faz tal proa / Só para que se não distinga
Mar de mágoas sem marés / Onde não há sinal de qualquer porto / De lés a lés o céu é cor de cinza / E o mundo desconforto
Perguntaste-me outro dia / Se eu sabia o que era o fado / Disse-te que não sabia / Tu ficaste admirado
Ai Mouraria / Da velha rua da Palma / Onde eu um dia / Deixei presa a minha alma
Se não esqueceste / O amor que me dedicaste / E o que escreveste / Nas cartas que me mandaste
Alguém que Deus já lá tem, pintor consagrado / Que foi bem grande e nos dói já ser do passado / Pintou numa tela com arte e com vida / A trova mais bela da terra mais querida
Que destino, ou maldição / Manda em nós, meu coração? / Um do outro assim perdido / Somos dois gritos calados
Quando em Lisboa, o povo mal me o conhecia / O que era o fado eu quis saber / E tanto andei e perguntei a quem sabia / Que finalmente pude aprender