Mesmo que o desejo venha / E outra vez alguém bonita / E abra o ventre nú e um sonho / Te quero comigo na vida
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Nós estamos inventando a vida, / Como se antes nada existisse, / Porque nascemos hoje do nada, / Porque nascemos hoje pro amor.
Quem é que trouxe a esperança / do fundo do anoitecer? / Quem fez a flor das infâncias, / na dor, reaparecer?
Eu não quero ser rei, nem rainha, nem dama / Não danço com nêga baiana / Não quero calunga nas mãos. / Parafuso, tesoura, cordão saca-rolha
Não se perde a vida assim como você / Que não procura ao menos esquecer / E fica só sem mais pra o que viver / E um pouco pranto
Sonhada terra das palmeiras / Onde andará teu sabiá? / Terá ferida alguma asa? / Terá parado de cantar?
Só o amor / tem força pra derrotar tanto horror, / tem fé, tem pé pra sambar e compor, / tem pra mandar borandar a minha dor…
Moça do sobrado lá da esquina / Vê distante o amor que não é dela / Guarda no seu corpo de menina / Todos os segredos de donzela
Sou Voz Operária do Tatuapé / Canto enquanto enfrento o batente co’a mão / Trabalho no ritmo desse Chamamé / Meu pouco Salário faz minha ilusão
Mônica / Na era atômica / Quem comunica sem ser tevê / Será o nosso amor