De tudo que é nego torto / Do mangue e do cais do porto / Ela já foi namorada / O seu corpo é dos errantes
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Um samba / Que tal um samba? / Puxar um samba, que tal? / Para espantar o tempo feio
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir / A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir / Por me deixar respirar, por me deixar existir / Deus lhe pague
Oh, pedaço de mim / Oh, metade afastada de mim / Leva o teu olhar / Que a saudade é o pior tormento
Amanhã vai ser outro dia / Amanhã vai ser outro dia / Amanhã vai ser outro dia / Hoje você é quem manda
Esta canção não é mais que mais uma canção / Quem dera fosse uma declaração de amor / Romântica, sem procurar a justa forma / Do que me vem de forma assim tão caudalosa
Tem dias que a gente se sente / Como quem partiu ou morreu / A gente estancou de repente / Ou foi o mundo então que cresceu
Quando, seu moço, nasceu meu rebento / Não era o momento dele rebentar / Já foi nascendo com cara de fome / E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Carcará / Lá no sertão / É um bicho que avoa que nem avião / É um pássaro malvado
Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às seis horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija com a boca de hortelã