Oh, mar salgado / Quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal / Por te cruzarmos quantas mães choraram
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É na Feira da Ladra que eu relembro / uma toalha velha, toda em linho, / que já serviu uma noite de Dezembro, / e agora cheira a Setembro,
Sou da noite um filho noite / Trago ruas nos meus dedos / De guardarem os segredos / Nas altas pontes do amor
Bairro Alto aos seus amores tão dedicado / Quis um dia dar nas vistas / E saíu com os trovadores mais o fado / Pr’a fazer suas conquistas
Num banco de jardim uma velhinha / está tão só com a sombrinha / que é o seu pano de fundo. / Num banco de jardim uma velhinha
Serras, veredas, atalhos, / Estradas e fragas de vento, / Onde se encontram retalhos / De vidas em sofrimento
Duas lágrimas de orvalho / Caíram nas minha mãos / Quando te afaguei o rosto / Pobre de mim pouco valho
Era a tarde mais longa de todas as tardes / Que me acontecia / Eu esperava por ti, tu não vinhas / Tardavas e eu entardecia
Sou do fado / Como sei / Vivo um poema cantado / De um fado que eu inventei
De mão na anca descompõem a freguesa / Atrás da banca, chamam-lhe gosma e burguesa / Mas nessa voz como insulto à portuguesa / Há o sal de todos nós, há ternura e há beleza