A Seca
Quando o roceiro viu a terra esturricadaNa sua roça já cansada, seu olhar umedeceu
Com a falta d’água da seca do mês de agosto
Foi tamanho seu desgosto que de tristeza morreu
E no momento que a pobre criatura
Baixava na sepultura por debaixo de uma cruz
Aquela alma nos murmúrios do cipreste
Ia na mansão celeste pra pedir chuva à Jesus
Depois de um pouco que o pobre foi enterrado
Todo o céu ficou nublado e de crepe se enlutou
E veio a chuva, pingos d’água cristalina
Como lágrimas divinas de Jesus, Nosso Senhor
Depois das chuvas quando é noite de luar
Geme o vento a ciciar o milho que floresceu
Até parece que a alma do roceiro
Rondando pelo carreiro da roça que reviveuEstilo: ROMÂNTICO SERTANEJO Artista: Chitãozinho e Xororó Canal no Youtube: Chitãozinho e Xororó