
Letra Música Serenata a Angola – Paulo Flores
Com a viola na mão com mão no coração
Coração em parampas
Com o punho fechado o abrir do caminho onde vamos chegar
Com a esperança que vi estampada nos olhos daquela criança
Faminta de amor com a alma marcada de mágoa e de dor
Da tinta da caneta a força que faço no punho pra escrever
Um poema que diz que pra ser mais feliz tem que ser em Angola
Vou tentar soltar a voz debaixo da tua janela
Vou pedir a minha gente pra me acompanhar nessa serenata
Vou cantar pra te dizer que é por ti que eu consigo
Por ti que eu canto assim
Explorador dos oprimidos… fora
E os corrompidos… fora
O patife que desvia… fora
Os kubikos pras kitias… fora
As boleias dos mais velhos… fora
Os escaravelhos… fora
As princesa que têm tudo… fora
O suborno dos miúdos… fora
Os vestidos coloridos… fora
A agonia dos gemidos
Vou cantar pelo kota que bazou pra fora
E mantém a esperança antiga de voltar
Por aquela kanuka que nunca te viu
Mas que vê o seu kota chorar
Kota não chora kota não chora
Está a chegar a hora, a hora está a chegar
O n’dengue parido num longo e rouco gemido
De negra pele como negro está o seu futuro
N’dengue num chora Nuko num chora
Está a chegar a hora, a hora está a chegar
Vou tentar soltar a voz debaixo da tua janela
Vou pedir a minha gente pra me acompanhar nessa serenata
Vou cantar pra te dizer que é por ti que eu consigo
Por ti que eu canto assim
Explorador dos oprimidos… fora
E os corrompidos… fora
O patife que desvia… fora
Os kubikos pras kitias… fora
As panela sem piteu… fora
Kafokolo sem abreu… fora
O sofrer de noite e dia… fora
As barrigas tão vazias
Paulo Flores – Serenata a Angola – Ouvir Música