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    Bossa Nova

    Ouvir Músicas Mais Tocadas Aldir Blanc, Músico, Compositor e escritor

    By Redação22/06/202220 Mins Read
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    Aldir Blanc Músic Escritor e Compositor - Vida Noturna
    Aldir Blanc Músic Escritor e Compositor - Vida Noturna

    TOP 20 músicas mais tocadas Aldir Blanc, Músico, compositor e escritor.

    O cronista Aldir Blanc

    Ouvir Músicas mais tocadas Aldir Blanc.
    Blanc era também cronista, reconhecido pelas bem-humoradas histórias e personagens da Zona Norte do Rio.
    Publicou vários livros, entre eles “Rua dos Artistas e Arredores” (Ed. Codecri, 1978); “Porta de tinturaria” (1981), “Brasil passado a sujo” (Ed. Geração, 1993); “Vila Isabel – Inventário de infância” (Ed. Relume-Dumará, 1996), e “Um cara bacana na 19ª” (Ed. Record, 1996), com crônicas, contos e desenhos.
    Contribuiu, ainda, com crônicas para os jornais O Dia, O Estado de São Paulo e O Globo.

    Veja agora Ouvir Músicas mais tocadas Aldir Blanc + Letra da Música Aldir Blanc

    OUVIR MÚSICAS E LETRAS DO COMPOSITOR ALDIR BLANC:

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    Letra Música Resposta Ao Tempo – Aldir Blanc

    Batidas na porta da frente
    é o tempo
    Eu bebo um pouquinho pra ter
    argumento
    Mas fico sem jeito, calado
    ele ri
    Ele zomba de quanto eu chorei
    porque sabe passar
    e eu não sei
    Num dia azul de verão sinto vento
    há folhas no meu coração é o tempo
    recordo um amor que eu perdi
    ele ri
    Diz que somos iguais
    se eu notei
    pois não sabe ficar
    e eu também não sei

    E gira em volta de mim
    sussurra que apaga os caminhos
    que amores terminam no escuro
    sozinhos

    Respondo que ele aprisiona,
    eu liberto
    Que ele adormece as paixões
    e eu desperto
    E o tempo se vai com inveja
    de mim
    Me vigia querendo aprender
    Como eu morro de amor
    pra tentar reviver

    No fundo é uma eterna criança
    que não soube amadurecer
    Eu posso, ele não vai poder
    me esquecer

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    Letra Música Cabaré – Aldir Blanc

    Na porta lentas luzes de neon
    Na mesa flores murchas de crepon
    E a luz grená filtrada entre conversas
    Inventa um novo amor, loucas promessas
    De tomara-que-cais surge a crooner do norte
    Nem aplausos, nem vaias: um silêncio de morte
    Ah, quem sabe de si nesses bares escuros
    Quem sabe dos outros, das grades, dos muros
    No drama sufocado em cada rosto
    A lama de não ser o que se quis
    A chama quase morta de um sol posto
    A dama de um passado mais feliz
    Um cuba-libre treme na mão fria
    Ao triste strip-tease da agonia
    De cada um que deixa o cabaré
    Lá fora a luz do dia fere os olhos
    Ah, quem sabe de si nesses bares escuros
    Quem sabe dos outros

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    Letra Música Amigo É Pra Essas Coisas – Aldir Blanc

    -Salve
    .Como é que vai
    -Amigo há quanto tempo
    .Um ano ou mais
    -Posso sentar um pouco
    .Faça o favor
    -A vida é um dilema
    .Nem sempre vale a pena
    -Pô
    .O que que há
    -Rosa acabou comigo
    .Meu Deus porque
    -Nem Deus sabe o motivo
    .Deus é bom
    -Mas não foi pra mim
    .Todo amor um dia chega ao fim
    -Triste
    .É sempre assim
    -Eu desejava um trago
    .Garçon mais dois
    -Não sei quando eu lhe pago
    .Se vê depois
    -Estou desempregado
    . Você está mais velho
    -É
    .Vida ruim
    -Você está bem disposto
    .Também sofri
    -Mas não se vê no rosto
    .Pode ser
    -Você foi mais feliz
    .Dei mais sorte com a Beatriz
    -Pois é
    .Tudo bem
    -Pra frente é que se anda
    .Você se lembra dela
    -Não
    .Lhe apresentei
    -Minha memória é fogo
    .E o “largent”
    -Defendo algum no jogo
    .E amanhã
    -Que bom se eu morresse
    .Pra que rapaz
    -Talvez Rosa sofresse
    .Vá atrás
    -Na morte a gente esquece
    .Mas no amor a gente fica em paz
    -Adeus
    .Toma mais um
    -Já amolei bastante
    .De jeito algum
    -Muito obrigado amigo
    .Não tem de que
    -Por você ter me ouvido
    .Amigo é pra essas coisas
    -Tá
    .Toma um Cabral
    -Sua amizade basta
    .Pode faltar
    -O apreço não tem preço
    Eu vivo ao Deus dará

    Ouvir Músicas mais tocadas Aldir Blanc

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    Letra Música Querelas do Brasil – Aldir Blanc

    O Brasil não conhece o Brasil
    O Brasil nunca foi ao Brasil
    Tapir, jabuti
    Iliana, alamanda, alialaúde
    Piau, ururau, akiataúde
    Piá, carioca, porecramecrã
    Jobimakarore Jobim-açu
    Uô-uô-uô-uô

    Pererê, câmara, tororó, olerê
    Piriri, ratatá, karatê, olará!

    O Brasil não merece o Brasil
    O Brasil tá matando o Brasil
    Jerebasaci
    Caandrades cunhãs, ariranharanha
    Sertões, Guimarães, bachianaságuas
    Imarionaíma, arirariboia
    Na aura das mãos de Jobim-açu
    Uô-uô-uô-uô

    Jererê, sarará, cururu, olerê
    Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará

    Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

    Tinhorão, urutu, sucuri olerê
    Ujobim, sabiá, bem-te-vi olará
    Cabuçu, Cordovil, Cachambi olerê
    Madureira, Olaria ibangu olará
    Cascadura, Águasanta, Acari olerê
    Ipanema inovaiguaçu olará

    Araguaia e tucuruí
    Cantagalo, ABC, japeri
    Cabo frio xingú sabará
    Florianópolis piabetá
    Araceli no espirito santo
    E o aézio em jacarépaguá
    Os inamps o jari a central
    Instituto médico legal

    Do Brasil, S.O.S. ao Brasil
    Do Brasil, S.O.S. ao Brasil

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    Letra Música O Bêbado E O Equilibrista – Aldir Blanc

    Caía a tarde feito um viaduto
    E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
    A lua tal qual a dona do bordel

    Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
    E nuvens lá no mata-borrão do céu
    Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco
    O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil
    Prá noite do Brasil, meu Brasil
    Que sonha com a volta do irmão do Henfil
    Com tanta gente que partiu num rabo de foguete

    Chora a nossa pátria mãe gentil
    Choram marias e clarisses no solo do Brasil
    Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
    A esperança dança na corda bamba de sombrinha
    E em cada passo dessa linha pode se machucar
    Ah, a esperança equilibrista
    Sabe que o show de todo artista
    tem que continuar

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    Letra Música O Coco do Coco – Aldir Blanc

    Moça donzela não arrenega um bom coco
    nem a mãe dela, nem as tias, nem a madrinha.
    Num coco tô com quem faz muito e acha pouco.
    Em rala-rala é que se educa a molhadinha.
    Se tu não peca, meu bem, cai a peteca, neném,
    vira polícia da xereca da vizinha.
    Se tu se guarda e não tem
    tá encruada que nem ovo no cú da galinha.
    Não tem cinismo que diz: entre a santa e a meretriz
    só muda a forma com que as duas se arrega.
    Eu só me queixo se me criar teia de aranha.
    Quem nega tá de manhã ou faz pouco que gozou.
    No tempo que eu casei de véu com meu marido
    era virgem no ouvido e ele nunca reclamou.
    Pra ser sincera, eu acho que isso inté facilitou.

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    Letra Música Vida noturna Aldir Blanc

    Acendo um cigarro molhado de chuva até os ossos

    E alguém me pede fogo – é um dos nossos

    Eu sigo na chuva de mão no bolso e sorrio

    Eu estou de bem comigo e isto é difícil
    Eu tenho no bolso uma carta
    Uma estúpida esponja de pó-de-arroz
    E um retrato meu e dela

    Que vale muito mais do que nós dois
    Eu disse ao garçom que quero que ela morra
    Olho as luas gêmeas dos faróis
    E assobio, somos todos sós

    Mas hoje eu estou de bem comigo
    E isso é difícil
    Ah, vida noturna
    Eu sou a borboleta mais vadia
    Na doce flor da tua hipocrisia

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    Letra Música Saudades da Guanabara – Aldir Blanc

    Eu sei
    Que o meu peito é lona armada
    Nostalgia não paga entrada
    Circo vive é de ilusão (eu sei…)
    Chorei
    Com saudades da Guanabara
    Refulgindo de estrelas claras
    Longe dessa devastação (…e então)
    Armei
    Pic-nic na Mesa do Imperador
    E na Vista Chinesa solucei de dor
    Pelos crimes que rolam contra a liberdade
    Reguei
    O Salgueiro pra muda pegar outro alento
    Plantei novos brotos no Engenho de Dentro
    Pra alma não se atrofiar (Brasil)
    Brasil, tua cara ainda é o Rio de Janeiro
    Três por quatro da foto e o teu corpo inteiro
    Precisa se regenerar
    Eu sei
    Que a cidade hoje está mudada
    Santa Cruz, Zona Sul, Baixada
    Vala negra no coração
    Chorei
    Com saudades da Guanabara
    Da Lagoa de águas claras
    Fui tomado de compaixão (…e então)
    Passei
    Pelas praias da Ilha do Governador
    E subi São Conrado até o Redentor
    Lá no morro Encantado eu pedi piedade
    Plantei
    Ramos de Laranjeiras foi meu juramento
    No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro

    Pois é pra gente respirar (Brasil)
    Brasil
    Tira as flechas do peito do meu Padroeiro
    Que São Sebastião do Rio de Janeiro
    Ainda pode se salvar

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    Letra Música Agnus Sei – Aldir Blanc

    Faces sob o sol, os olhos na cruz
    Os heróis do bem prosseguem na brisa na manhã
    Vão levar ao reino dos minaretes a paz na ponta dos arietes
    A conversão para os infiéis
    Para trás ficou a marca da cruz
    Na fumaça negra vinda na brisa da manhã
    Ah, como é difícil tornar-se herói
    Só quem tentou sabe como dói vencer satã só com orações
    Ê andá pa catarandá que deus tudo vê
    Ê andá pa catarandá que deus tudo vê
    Ê anda, ê hora, ê manda, ê mata, responderei não!
    Dominus dominium juros além
    Todos esses anos agnus sei que sou também
    Mas ovelha negra me desgarrei, o meu pastor não sabe que eu sei
    Da arma oculta na sua mão
    Meu profano amor eu prefiro assim
    À nudez sem véus diante da santa inquisição
    Ah, o tribunal não recordará dos fugitivos de shangri-lá
    O tempo vence toda a ilusão
    Ê andá pa catarandá que deus tudo vê
    Ê andá pa catarandá que deus tudo vê
    Ê anda, ê hora, ê manda, ê mata, responderei não!

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    Letra Música Recreio Das Meninas II – Aldir Blanc

    Eu fui de bengala, tossindo, com febre, lá no Renascença,
    porque em toda a vida o samba foi cura pra minha doença.
    Sentei no meu canto, uma voz perguntou: “O que que vai querer”
    Perdi a cabeça e falei pra menina:
    – Eu queria você…

    Um riso de aurora acolheu meu ocaso e a pressão subiu.
    Peguei meu remédio mas as mãos tremiam e o vidro caiu.
    Chutei a caixinha, pedi caipirinha, pernil e café.
    Receita infalível pro meu coração é um corpo moreno de mulher.

    Eu vou com ela ao Capela, ao Siri e traço moqueca, carré, javali…
    Digo sempre, bebendo com o Jorge:
    – Foi no Renascença que eu renasci.

    Aos que me gozam no bar,
    dizendo que eu sou
    o Recreio das Meninas,
    respondo:
    – Andorinhas fazem ninho nas ruínas.

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    Letra Música Paquetá, Dezembro de 56 – Aldir Blanc

    Paquetá, dezembro de 56
    Vocês não lembram
    Meninos eu vi uma cabocla chamada Eucy
    Ai! nem no Taiti

    Boca machucada, olhar coquete, mãos de fada
    Que apaixonaram o Roque da charrete numa serenata enluarada

    Mas o amor de dois passou a ser de três
    Um tal Nandinho que falava inglês disse “I love you”, Eucy achou demais
    O Roque enlouqueceu
    E nadou pra Brocóio quando a lua se escondeu
    Só no dia de São Roque, o Roque apareceu

    Diz a lenda
    O corpo estava conservado
    O céu todo estrelado na noite de Jasmins
    Junto à beira mar se despediu do morto, à escolta de mil botos, sereias e marlins
    Uma vela azul ardeu no oratório, no altar do preventório
    Onde Eucy orou e se matou

    Ah, triste destino desses dois amantes
    Perderam a vida toda por instantes que o prazer jamais justificou

    Ah, o que eu me lembro pode não ter sido tão fielmente o fato acontecido
    Essa é a sina que assassina e salva qualquer narrador

    Pois talvez Eucy não fosse linda nem tão pura
    E o Roque fosse um chato, um mala, um indiscreto, e o tal Nandinho até analfabeto

    Mas não tem importância, a vida é uma festa
    Eu quis apenas cantar seresta
    Eu fumei no preto, e bebi uns tragos do escocês

    Vocês não precisam acreditar que um dia aconteceu tanto em Paquetá, dezembro de 56

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    Letra Música Lupicínica – Aldir Blanc

    – Aí, Nei, essa vai pra Valmir Gato Manso
    Amei
    Uma enfermeira do Salgado Filho,
    Paixão passageira, sem charme nem brilho,
    Roteiro batido, romance na tarde.

    E aí, numa seresta na Dois de Dezembro,
    Me perguntaram por ela: “-Nem lembro…”,
    Eu respondi com um sorriso covarde.

    Ouvi – que bofetada! – “Morreu duas vezes.
    Uma aqui e agora, a outra há seis meses”.
    Balbuciei: “-Morrida ou matada”

    “-Depende do seu conceito de assassinato.
    Um pobre amor não é amor barato.
    Quem fala de tudo não sabe de nada.”

    Na rua do Tijolo, bloco 5, aquele de esquina,
    Morou uma enfermeira com a chama vital de Ana Karenina.

    Dirá um dodói que Tolstói era chuva demais pra tão pouca planta.
    Ô trouxa, heroínas sem par podem brotar na Rússia ou lá em Água Santa…

    Aquela mulher que dosava o soro nas veias dos agonizantes
    Não teve sequer um calmante pra dor sem remédio que aflige os amantes.

    Por mais que a literatura celebre figuras em vã fantasia
    Ninguém foi mais nobre que a Pobre da Enfermaria.

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    Letra Música Dois Bombons E Uma Rosa – Aldir Blanc

    Faço votos de feliz casamento,
    Parabéns pra você,
    Prevaleceu seu bom-senso.
    Reconheço que era chato
    Ser a outra eternamente
    Com encontros marcados
    Por coisas do tipo eu subo na frente.
    Finalmente teu garoto
    Vai ter um pai de primeira,
    Você mais segurança
    E um pingüim na geladeira.
    Na cabeceira um relógio,
    A hora mais luminosa,
    Churrascaria aos domingos:
    Dois bombons e uma rosa.
    Apenas quero fazer
    A necessária ressalva:
    Jamais comente o passado,
    Lembre o conselho de Dalva.
    Não há xampu, não há creme
    Que apague ou que desmarque
    Da tua pele o meu beijo
    Fedendo a conhaque.

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    Letra Música Catavento e Girassol – Aldir Blanc

    Meu catavento tem dentro
    O que há do lado de fora do teu girassol
    Entre o escancaro e o contido
    Eu te pedi sustenido
    E você riu bemol
    Você só pensa no espaço
    Eu exigi duração
    Eu sou um gato de subúrbio
    Você é litorânea
    Quando eu respeito os sinais
    Vejo você de patins
    Vindo na contra-mão
    Mas, quando ataco de macho
    Você se faz de capacho
    E não quer confusão
    Nenhum dos dois se entrega
    Nós não ouvimos conselho:
    Eu sou você que se vai
    No sumidouro do espelho
    Eu sou do Engenho de Dentro
    E você vive no vento do Arpoador
    Eu tenho um jeito arredio
    E você é expansiva
    (o inseto e a flor)
    Um torce pra Mia Farrow
    O outro é Woody Allen…
    Quando assovio uma seresta
    Você dança, havaiana
    Eu vou de tênis e jeans
    Encontro você demais:
    Scarpin, soirée
    Quando o pau quebra na esquina
    Você ataca de fina
    E me oferece em inglês:
    É fuck you, bate-bronha
    E ninguém mete o bedelho:
    Você sou eu que me vou
    No sumidouro do espelho
    A paz é feita no motel
    De alma lavada e passada
    Pra descobrir logo depois
    Que não serviu pra nada
    Nos dias de carnaval
    Aumentam os desenganos:
    Você vai pra Parati
    E eu pro Cacique de Ramos
    Meu catavento tem dentro
    O vento escancarado do Arpoador
    Teu girassol tem de fora
    O escondido do Engenho de Dentro da flor
    Eu sinto muita saudade
    Você é contemporânea
    Eu penso em tudo quanto faço
    Você é tão espontânea!
    Sei que um depende do outro
    Só pra ser diferente
    Pra se completar
    Sei que um se afasta do outro
    No sufoco somente pra se aproximar
    Cê tem um jeito verde de ser
    E eu sou mais vermelho
    Mas os dois juntos se vão
    No sumidouro do espelho

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    Letra Música Fantasia – Aldir Blanc

    Olhando na quarta-feira as ruas vazias
    Com os garis dando um jeito em nossa moral
    Custei a compreender que fantasia
    É um troço que o cara tira no carnaval
    E usa nos outros dias por toda a vida
    Dizendo: “Olá! Como vai” e coisas assim
    O nó da gravata apertando o pescoço
    Olhando o fundo do poço e rindo de mim
    Ria, rasguei a fantasia, ria
    Queimei a garantia, ria
    Tô solto por aí
    Doido, eu danço de Pierrot, triste
    Morrendo em meu amor, ria
    Vendo você morrer de rir

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    Letra Música Me Dá a Penúltima – Aldir Blanc

    Eu gosto quando alvorece
    Porque parece que está anoitecendo
    E gosto quando anoitece, que só vendo
    Porque penso que alvorece
    E então parece que eu pude
    Mais uma vez, outra noite,
    Reviver a juventude.

    Todo boêmio é feliz
    Porque quanto mais triste, mais se ilude.
    Esse é o segredo de quem, como eu, vive na boemia:

    Colocar no mesmo barco, realidade e poesia
    Rindo da própria agonia,
    Vivendo em paz ou sem paz
    Pra mim tanto faz,
    Se é noite ou se é dia.

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    Letra Música Corsário – Aldir Blanc

    Meu coração tropical está coberto de neve mas
    Ferve em seu cofre gelado, a voz vibra e a mão escreve: Mar
    Bendita a lâmina grave que fere a parede e traz
    As febres loucas e breves que mancham o silêncio e o cais
    Roseirais, Nova Granada de Espanha
    Por você, eu, teu corsário preso
    Vou partir a geleira azul da solidão
    E buscar a mão do mar, me arrastar até o mar, procurar o mar
    Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
    Meu coração tropical partirá esse gelo e irá
    Com as garrafas de náufragos e as rosas partindo o ar
    Nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar
    Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
    Meu coração tropical partirá esse gelo e irá

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    Letra Música Kid Cavaquinho – Aldir Blanc

    Oi que foi só pegar no cavaquinho
    Pra nego bater
    Mas seu contar o que é que pode um cavaquinho
    Os home não vão crer:
    Quando ele fere, fere firme
    E dói que nem punhal
    Quando ele invoca até parece
    Um pega na geral

    Genésio!
    A mulher do vizinho
    Sustenta aquele vagabundo
    Veneno é com meu cavaquinho
    Pois se eu to com ele
    Encaro todo mundo
    Se alguém pisa no meu calo
    Puxo o cavaquinho
    Pra cantar de galo

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    Letra Música Medalha de São Jorge – Aldir Blanc

    Fica ao meu lado, São Jorge Guerreiro
    Com tuas armas, teu perfil obstinado
    Me guarda em ti, meu Santo Padroeiro
    Me leva ao céu em tua montaria
    Numa visita a lua cheia
    Que é a medalha da Virgem Maria
    Do outro lado, São Jorge Guerreiro
    Põe tuas armas na medalha enluarada
    Te guardo em mim, meu Santo Padroeiro
    A quem recorro em horas de agonia
    Tenho a medalha da lua cheia
    Você casado com a Virgem Maria
    O mar e a noite lembram a Bahia
    Orgulho e força, marcas do meu guia
    Conto contigo contra os perigos
    Contra o quebrando de uma paixão
    Deus me perdoe essa intimidade:
    Jorge me guarde no coração
    Que a malvadeza desse mundo é grande em extensão
    E muita vez tem ar de anjo
    E garras de dragão

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    Letra Música Dois Pra Lá, Dois Pra Cá – Aldir Blanc

    Sentindo frio em minha alma
    Te convidei pra dançar
    A tua voz me acalmava
    São dois pra lá, dois pra cá
    Meu coração traiçoeiro
    Batia mais que o bongô

    Tremia mais que as maracas
    Descompassado de amor
    Minha cabeça rodando
    Rodava mais que os casais
    O teu perfume gardênia
    E não me pergunte mais
    A tua mão no pescoço
    As tuas costas macias
    Por quanto tempo rondaram
    As minhas noites vazias
    No dedo um falso brilhante
    Brincos iguais ao colar
    E a ponta de um torturante
    Band-aid no calcanhar
    Eu hoje me embriagando
    De whisky com guaraná
    Ouvi tua voz sussurrando
    São dois pra lá, dois pra cá.

    Ouvir Músicas mais tocadas Aldir Blanc

    Aldir Blanc, compositor e escritor, morre de Covid-19 no Rio

    Ele estava internado no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel. Blanc é autor de vasta obra musical e literária, como ‘O Bêbado e a Equilibrista’, ‘Resposta ao Tempo’ e ‘Linha de Passe’.

    O compositor e escritor Aldir Blanc, de 73 anos, morreu de Covid-19, na madrugada desta segunda-feira (4), no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.

    Blanc é autor de vasta obra musical e literária, como “O Bêbado e a Equilibrista”, feita com João Bosco e eternizada na voz de Elis Regina.
    No dia 10 de abril, o compositor deu entrada na CER do Leblon com infecção urinária e pneumonia, que evoluíram para um quadro de infecção generalizada.
    Cinco dias depois, a partir de uma campanha de amigos e artistas para conseguir um leito na rede pública de saúde do Rio, Blanc foi transferido para o Hospital Pedro Ernesto.

    Aldir Blanc deixa composições que marcaram a vida e a história dos brasileiros. O menino nascido no Estácio, Centro do Rio, era um observador das ruas, poeta da vida e da cidade. Captava a alma do subúrbio.
    Virou também cronista e em suas histórias revelava paixões, como o bairro de Vila Isabel, onde passou a infância, o time do coração, o Vasco da Gama, e o carnaval.
    Blanc batizou também um dos mais tradicionais blocos do Rio, o “Simpatia é Quase Amor”, que desfila há anos em Ipanema, na Zona Sul.

    Troca de medicina pela música

    Aldir Blanc Mendes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 setembro de 1946. Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em psiquiatria. Em 1973, abandonou o curso para dedicar-se exclusivamente à música, tornando-se um dos mais importantes compositores de Música Popular Brasileira (MPB).
    Uma de suas canções mais famosas, “O Bêbado e a Equilibrista”, feita em parceria com João Bosco, ficou eternizada na voz de Elis Regina.
    Outras composições famosas são “Bala com Bala”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa”.
    A obra de Blanc reúne, ainda, dezenas de canções conhecidas, feitas em parceria com outros ilustres artistas, como Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Paulo Emílio, Carlos Lyra, Guinga, Edu Lobo, Wagner Tiso, César Costa Filho, Cristóvão Bastos, Roberto Menescal, Ivan Lins, entre outros.

    O Começo…

    Aos 18 anos, Blanc ganhou uma bateria e, pouco depois, formou o grupo Rio Bossa Trio. Em 1968, conheceu o parceiro Sílvio da Silva Júnior. Dois anos mais tarde, a primeira composição da dupla, “Amigo É pra Essas Coisas”, é gravada pelo grupo MPB-4.
    Na mesma época, ao lado de outros compositores, como Ivan Lins, Gonzaguinha e Marco Aurélio, funda o Movimento Artístico Universitário (MAU), e torna-se conhecido por criar e integrar associações ligadas à defesa dos direitos autorais. É um dos fundadores da Sociedade Musical Brasileira (Sombras) – responsável pela arrecadação de direitos autorais -, da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes (Saci) e da Associação dos Músicos, Arranjadores e Regentes (Amar).
    “Ela”, sua composição em parceria com César Costa Filho, foi gravada por Elis Regina, em 1971. No ano seguinte, a cantora grava “Bala com Bala”, parceria com João Bosco, e a canção “Agnus Sei” é lançada no Disco de Bolso, compacto que acompanha o jornal O Pasquim.

    Aldir Blanc Elis Regina João Bosco MPB

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