Músicas Mais Tocadas da Sofrência 2023
Categoria: Sofrênciaepois da lambada, do axé e do arrocha, esse é o verão da “sofrência”, um estilo musical que mistura sofrimento e carência. É a velha dor de cotovelo que está bombando no Nordeste. Em qualquer esquina, em qualquer bar, é o estilo musical que mais se toca. “Tem que tocar sofrência, porque se não o show não presta. Tem que tocar sofrência”, afirma um músico.A palavra é uma mistura de sofrimento com carência, surgiu há pouco tempo e começou com o cantor baiano Pablo. “É uma expressão romântica, é uma expressão de sentimento. Então acho que os boêmios se identificam muito, né”, conta.É música para uma bela dor de cotovelo. “É bom, lógico. Quem não gosta de sofrer um pouquinho”, diz uma jovem. E também para dançar: “Tem dança para esquecer a sofrência”, destaca outra.Artistas do axé, como Ivete Sangalo, incluíram o ritmo no repertório. A sofrência caiu mesmo no gosto de muita gente porque toca profundo no coração. E, para curtir tanto lamento existe até a noite da sofrência. “Eu vi para cá porque estou sofrendo muito por amor”, revela uma jovem. E quem nunca sofreu assim “O coração está sofrendo muito”, diz outra mulher. A partir de 2014 surgiu uma nova vertente dentro do arrocha, sertanejo e do brega: a “sofrência”, nova nomenclatura para chamar o que antes era conhecido como dor de cotovelo (que falam do amor não correspondido, uma decepção amorosa, traição, etc), que ganhou repercussão no Brasil, principalmente com o cantor Pablo. Na Enciclopédia da Música Brasileira de Marcos Antonio Marcondes, o “brega” é caracterizado como a “música mais banal, óbvia, direta, sentimental e rotineira possível, que não foge ao uso sem criatividade de clichês musicais”. Para Lúcia José, o “brega” teria estruturas sonoras “organizadas e mantidas sem oposição, provocando nos ouvintes uma pasteurização em que todos os arranjos ganham um mesmo assobio”.Para o historiador Paulo Cesar de Araújo, o “brega” estaria “no limbo da história”, amparado em marcos historiográficos, que teria estabelecido que “toda produção em que o público de classe média não identifique tradição (“raízes” do samba) nem modernidade (“a partir de 1958, com a Bossa Nova, e que continua com o Tropicalismo”) é rotulada de brega ou cafona”.O autor Fernando Fontanella complementa ao afirmar que, dentro de um jogo “hierarquias culturais”, “o imaginário do belo sempre é pensado pelas instituições da hegemonia dentro de uma legitimação dos grupos dominantes”, o que explicaria a relação da “música brega” ao “mau gosto” como algo oriundo de um processo de estruturação de classes que tende a beneficiar determinados grupos em particular.
Você conheceu um pouco mais sobre o Estilo Musical Sofrência.
Músicas Mais Tocadas da Sofrência 2023
O arrocha é um gênero musical e dança brasileira originário da cidade de Candeias, na Bahia. Ele veio proveniente da seresta, influenciado pela música romântica e o estilo romântico, com modificações … dentro do arrocha, sertanejo e do brega: a “sofrência”, nova nomenclatura para chamar o que antes era conhecido.